domingo, 19 de maio de 2013

POR ONDE ANDA TALKING HEADS?


David Byrne

Foi o músico fundador e vocalista da banda new wave Talking Heads. Um artista que faturou grandes prêmios da música como o Academy Award, Golden Globe e Grammy Award. Sempre foi excêntrico, e juntamente com a banda, levava sua vida repleta de outras atividades. Fez trabalhos como coreógrafo para peças da Broadway, escreveu roteiros para teatro, compôs sinfonias, fundou uma gravadora que conta com artistas como Os Mutantes e Tom Zé, foi convidado especial para participar do Acústico MTV dos 10.000 Maniacs e muito mais. Recentemente, além de sua excelente e original carreira musical solo, Byrne editou um trabalho artístico, chamado Envisioning Emotional Epistemological Information, através do Microsoft Power Point. Também gravou um álbum com Brian Eno, intitulado My Life in The Bush Of Ghosts e com Fatboy Slim, retornou ao teatro gravando uma "disco opera". Atualmente, Byrne escreve uma coluna no jornal "The New York Times" e mantém seu site atualizado, cheio de novidades, blog, jornal e trabalhos realizados.

Jerry Harrison

Guitarrista e tecladista da banda. Também foi integrante da banda "The Modern Lovers". Antes de permanecer pra valer nos Talking Heads, ele estava indeciso se permanecia na banda ou fazia faculdade de arquitetura. Era apaixonado por Velvet Underground e foi o último a entrar para a banda. Com o final dos Talking Heads, Jerry gravou alguns álbuns solo e até recentemente produziu muitas bandas, entre elas: Foo Fighters, Live, General Public, Chrash Test Dummies e No Doubt.


Chris Frantz

Baterista da banda, foi o co-fundador. Convenceu a namorada Tina Weymouth a entrar para os Talking Heads como contra-baixista. Também fez parte da banda Tom Tom Club. Ele e sua namorada trabalharam como produtores do álbum "Yes Please!" do Happy Mondays juntos, após se casarem. Recentemente, Chris fez backing vocal e percussão para o hip hop dos Gorillaz.

Tina Weymouth

Contra-baixista e vocalista da banda, que criava linhas minimalistas de punk com riffes dançantes da disco music em seu baixo. Fundou com seu marido, Chris Frantz a banda Tom Tom Club. Seu último trabalho foi fazer backing vocals para a banda Gorillaz.
 
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

KOOL & THE GANG - LADIES NIGHT


Kool & the Gang é um grupo americano de grande sucesso formado na cidade de Jersey City no estado americano de Nova Jersey em 1964. Eles passaram por várias fases musicais em sua carreira, começaram com um som Jazz puristas, em seguida se tornou praticantes de R&B e funk, ate que chegar a Disco Music.

Formado em 1964 pelos irmãos Robert "Kool" Bell e Ronald Bell "Khalis Bayyan" que chamaram para completar a equipe mais cinco amigos do ensino médio, Ricky West, Dennis Thomas, Charles Smith, Robert "Spike" Mickens e Woody Sparrow, assim lançando o álbum de estreia denominado Kool & The Gang em 1969.

E com o passar do tempo foram deixando um pouco de lado o jazz, para assumir uma característica mais Funk e R&B. Até aí a banda já era muito conhecida, até que em 1973 lançam o disco Wild and Peaceful que trazia os sucessos Jungle Boogie, Funky Stuff e Hollywood Swinging.

E no ano seguinte, veio o álbum Light of Worlds, que vinha com o sucesso Summer Madness.

No ano de 1975, eles lançaram o disco Spirit Of The Boogie, e Ricky West deixa a banda. Chegou 1976. Eles lançam Open Sesame, que foi um sucesso, tanto que a faixa-título foi para a trilha sonora de "Os Embalos de Sábado a Noite".

Chegada de Taylor, Toon e Deodato

E em 1978, eles querem um vocalista. E fizeram um teste com James "JT" Taylor e com Earl Toon Jr. , que foram aprovados. Chegou 1979, e eles lançam "Ladies Night" com Eumir Deodato na produção. E ano seguinte, eles lançam Celebration, outra vez com produção de Deodato.

Em 1983, Deodato sai. E em 1985, Ricky West, ex-integrante da banda, morre de uma doença incurável.

A banda continua com sucessos durante toda a década de 80, quando, em 1988, James deixa a banda para seguir carreira solo.
Declínio

Em 1989, eles resolvem escolher três vocalistas, que são Odeen Mays Jr., Sennie "Skip" Martin e Shawn McQuiller, e lançam "Sweat", que não fez tanto sucesso.

Em 1992, eles lançam o CD "Unite", que também foi fraco em vendas.

Pequena volta de James

Até que em 1996 James finalmente volta ao K&TG, mas é somente para uma turnê do álbum "State of Affairs", do mesmo ano. E em 1999, Taylor encerra sua reunião com a banda.
Volta do K&TG

Em 2000, eles voltam. E dessa vez é para valer.Com todos os integrantes que participaram da banda, (exceto Ricky West, Robert Mickens, Woody Sparrow, Eumir Deodato e James), eles gravam um DVD com os maiores sucessos da banda no House of Blues. Em junho de 2006, Charles Smith, o co-fundador do K&TG, morre. No ano seguinte, entra um novo vocalista, Jirmad Gordone eles lançam um novo CD, "Still Kool", recheado de sucessos. Está confirmado um show em Manaus para o dia 6 de Maio de 2011 na casa de shows Studio 5.


sexta-feira, 10 de maio de 2013

BLACK BOX


Black Box foi um projeto musical formado no final da década de 1980, na Itália, pelos produtores Daniele Davoli, Mirko Limoni, Valerio Semplici, firmando-se como um dos principais projetos de Italo House, ou Italo Disco. Os produtores também usavam diversos monikers, ou nomes diferentes, como: Starlight e Groove Groove Melody.

O primeiro single "Ride on Time" foi o seu maior sucesso, não só na Itália, mas no mundo inteiro. Foi o single mais vendido na Grâ-Bretanha em 1989. Por seis semanas seguidas ficou no número 1. Ainda hoje, figura entre os Top 100 singles mais vendidos na Europa.

Uma das maiores particularidades do Blackbox foi o fato dos produtores usarem uma modelo para aparições em programas de TV e video-clips. A modelo era a belga Katrin Quinol que dublava os vocais sampleados da música "Love Sensation" de (1979), sucesso da era Disco na voz de Lolleatta Holloway e produzido por Dan Hartman. Mesmo com o sucesso do single, o Blackbox acabou perdendo muito dinheiro, pois foi processado por Lolleatta Holloway por usar seus vocais sem a devida autorização.

Em 1990, o Blackbox lançou o álbum "Dreamland", que continha outros grandes sucessos, como "Everybody, Everybody" e "Strike it up", que também usavam vocais sampleados, dessa vez de Martha Wash, outra diva da era Disco, essa sim, recebeu os devidos créditos.

O Álbum contava ainda com uma versão de "Fantasy" da banda funkEarth, Wind and Fire.

O Blackbox foi um dos poucos grupos da Italo Disco a chegar ao sucesso mundialmente. "Dreamland" ganhou disco de ouro nos EUA e Grã-Bretanha. Conseguindo emplacar seis hits, tanto nos charts comerciais, como no de clubs.
 
 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

GEORGE CLINTON - ATOMIC DOG


Há mais de 40 anos, George Clinton lidera uma das mais influentes bandas de funk da história, embora seu papel nela seja tão essencial quanto indefinido. Nas diversas encarnações do Parliament Funkadelic, desde os anos 70, o homem toca teclado e canta, sempre com o auxílio de craques que fazem isto tão bem ou melhor que ele. Ao vivo, George anda pelo palco durante boa parte do show e sua voz é ouvida só de vez em quando, o que faria qualquer outro líder de banda ter uma importância questionável. No entanto, como mostrou no frio da madrugada deste Sábado, ao encerrar a primeira noite do festival Black na Cena, George consegue ser a âncora da sonoridade psicodélica.
Em frente a um público pequeno, que tinha uma roda de break dancing ao centro e não preencheu nem metade da Arena Anhembi, sua figura era imponente: casaco preto, chapéu de almirante, cabelo aparado, sem os característicos rastas coloridos. Aparentava estar um pouco fragilizado devido a uma infecção na perna que o deixou de cama, no hospital, no fim de maio. Sua voz, meio rouca, pontuava alguns refrões mas deixava as partes difíceis para os dois lead singers da banda. Mesmo assim, a "nave mãe", como dizem os versados na mitologia da banda, havia aterrissado. Durante uma hora e meia, George botou a arena para dançar ao som de seu carnaval sonoro, que incluiu hits como Flashlight e We Want the Funk tocados por uma banda de doze a quinze pessoas.
A sensação de coletivo inerente a uma apresentação do Parliament Funkadelic estava em evidência, pois a ocasião marcava o aniversário de George e o recém-setentão recebeu no palco o rapper Flavor Flav, figura central do lendário Public Enemy, que tocou na noite de sábado. Flav foi responsável por boa parte do ímpeto da apresentação. Rimou, cantou, dançou. E a grande família de George não só o recebeu durante todo o show, como o deixou ficar à frente do palco, agitando a plateia como se fosse a atração da noite: um gesto de camaradagem e respeito entre duas gerações da música negra. 


Flav não foi o único destaque. Na terceira música, George chamou à frente do palco sua neta, Sativa, que improvisou rimas com destreza, além de soltar o vozeirão soul. A banda suingava com a intensidade de quem é macaco velho, mas não perdeu a vitalidade. O público se deixava levar a cada música, tanto pela força rítmica da música quanto pela necessidade de se aquecer. A cada número, o ritmo ficava mais compacto, envolvente. Como se os músicos precisassem de um tempo para sentir as nuances sonoras do local. Em cima de tudo isso, a parafernália sonora do Parliament Funkadelic: sintetizadores afiados, azedos, arranjos de metais; solos de guitarra que vão do thrash metal à escola de Hendrix. Os backing vocals são precisos. Cantam refrões com uma precisão milimétrica que funciona como uma segunda linha de metais. Quando George falou, foi em um discurso poderoso, não muito diferente do de um pastor batista, sobre a importância do ritmo. Quando cantou, foi com uma voz estava áspera, visceral como a de Tom Waits. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

POR ONDE ANDA O TECHNOTRONIC?



O famoso grupo Technotronic criado e encabeçado por Jo Bogaert em 1988 na Bélgica, sem dúvida foi um dos grupos da era do House de maior sucesso na sua época e até mesmo nos dias de hoje. Entre seu excelente repertório de músicas encontramos a “Pump Up The Jam”, que sem dúvida foi o maior sucesso do grupo, hit que até hoje toca nas rádios, conquistando uma nova geração de ouvintes.

O sucesso de ”Pump Up The Jam” foi surpreendente, chegando a atingir o segundo lugar na lista dos “Hot 100” da Billboard no fim de 89 e começo dos anos 1990, sendo a primeira banda do estilo “House Music” a figurar nesta lista até então dominada pelo pop.

Não é a toa que eles vieram da Bélgica, afinal de contas a característica sonora principal da banda é a mistura do estilo New Beat com destaque para o produtor da banda, o gênio de Tragic Error e de grandes nomes do New Beat, Patrick de Meyer.
Para completar a mistura, o ritmo do Hip Hop completou o que seria a banda até hoje. Apesar disso, o Technotronic passou a ser conhecido no meio musical como um grupo de Flash House.

Tudo parecia festa, o primeiro álbum do grupo emplacou mundo a fora, começaram a ter fama e por aí vai, mas como nada é perfeito, claro que algo teria que “manchar” ou quebrar o encanto de tal feito. Jô chamou um rapper e Dj, o MC Eric e a jovem rapper Ya Kid K para formar o grupo. Mas não sabemos o que deu na cabeça de Jô e ele contratou também uma modelo Sul-Africana chamada Felly que seria a garota propaganda do grupo apareceria nas capas dos discos, em eventos caracterizando o som da banda, como clipes, turnês, shows, etc...
Isso com o tempo foi descoberto pela mídia, e então Jô dispensou Felly rapidamente para evitar que a notícia se prolongasse. Mas não o Technotronic não foi o único, outros grupos nesta época faziam este tipo de negócio, como o próprio Milli Vanilli, caso que gerou muita polêmica na época e que até hoje é comentado.

Bom, tirando esse “pequeno detalhe”, o Technotronic continuou a lançar álbuns e singles dos seus principais hits, como Get Up, Move This, Rockin’ Over The Beat, This Beat Is Technotronic, entre outros.

Para muitos eles eram só promessa, aqueles grupos que criam uma música fazem sucesso e depois desaparecem, mas eles provaram o contrário e vieram embalados tamnbé na década de 90, onde ano a ano lançam um álbum ou single.

Na década de 2000 deram uma “freada”, apenas os singles “The Circle Unbroken” e “Get Up” foram relançados com novas versões, um prato cheio para os fãs.



segunda-feira, 29 de abril de 2013

AFRIKA BAMBAATAA - 30 ANOS DE "PLANET ROCK"


Quando lançou, em dezembro de 1982, a emblemática “Looking for the perfect beat” — mais tarde celebrada por Marcelo D2 —, Afrika Bambaataa não sabia que já tinha encontrado o batidão perfeito. Alguns meses antes, ao lado do produtor Arthur Baker e do grupo The Soulsonic Force, com o auxílio de uma bateria eletrônica, ele havia criado uma música absolutamente original, um funk minimalista e futurista (para a época), no qual parecia fazer robôs dançarem no ritmo de James Brown.


Trinta anos depois do seu lançamento, aquela música, batizada “Planet rock” — que tomava “emprestado” ideias dos grupos Kraftwerk (alemão), Yellow Magic Orchestra (japonês) e Babe Ruth (inglês) — continua ecoando, sendo considerada não apenas um divisor de águas do então emergente hip-hop, mas também o som que influenciou decisivamente a música eletrônica, gerando um estilo (o electro) e abrindo portas para outros fundamentais (techno, house, trance etc). De quebra, os sete minutos e 31 segundos de “Planet rock” — originalmente lançada num vinil de 12 polegadas pela gravadora Tommy Boy — tiveram um efeito colateral ainda mais inesperado, tornando-se a pedra fundamental no surgimento do funk carioca. Não por acaso, parte das celebrações em torno desse clássico vai acontecer no Rio, onde Bambaataa se apresenta em dezembro, possivelmente no Circo Voador, no dia 21.

— Queríamos fazer algo completamente diferente de tudo o que se escutava naquela época — lembra Bambaataa, em entrevista por telefone, com um discurso repleto de misticismo. — A Guerra Fria ainda existia, e, com ela, a sombra de um conflito nuclear, mas também sentíamos que estávamos prestes a entrar na era eletrônica, no nosso caso representados pela TB-308 (a bateria eletrônica da Roland). Além desse contato com as máquinas, que evidentemente se tornaria maior, havia o sonho de viagens espaciais, de evolução da raça humana, de proteção do planeta Terra, a nossa rocha no espaço, e da busca de novos horizontes. “Planet rock” foi uma mistura de tudo isso.

O desafiador chamado à dança da letra do MC The Globe, do Soulsonic (”Party people, can y’all get funky?”), e seu apelo à “socialização” das pistas representavam um pouco do revolucionário contexto em torno da música. A Sugarhill Gang já havia lançado “Rapper’s delight” (por aqui, batizada de “Melô do tagarela”), considerado o primeiro rap da História. Mas até então os pioneiros rappers faziam suas rimas em cima de faixas de disco e de funk (a própria “Rapper’s delight” era uma recriação de “Good times”, do Chic).


Bambaataa sabia bem disso. Ex-líder de uma gangue no Bronx, ele havia se tornado um misto de pacificador e agitador cultural, à frente da sua Zulu Nation, que misturava dançarinos, grafiteiros e DJs. Ao lado do lendário DJ Kool Herc, ele começou a fazer festas nos conjuntos habitacionais da região, as chamadas “block parties”. Concorridas, elas acabaram chamando a atenção do empresário Tom Silverman, que viu na portentosa figura de Bambaataa a melhor forma de trazer credibilidade de rua para sua novata e independente gravadora.

Contratado pela Tommy Boy em 1981, Bambaataa debutou com o single “Jazzy sensation”, criado com a base de “Funky sensation”, um balanço disco da cantora Gwen McCrae. Para o seu segundo lançamento, ele sabia que precisava inovar e avançar bem mais. As ruas pediam isso.

— As danças estavam ficando diferentes, as rimas, mais apuradas, mas faltavam músicas próprias para acompanhar aquele novo universo. Não bastava mais tocar coisas já existentes, fossem elas disco, soul ou funk. Era preciso criar algo novo — conta ele. — E eu era apaixonado pelo Kraftwerk e pelo disco “Trans-Europe express”, com aquele incrível groove gélido, sintético. Gostava também da Yellow Magic Orchestra, do balanço do Babe Ruth e da trilha sonora de John Carpenter para o filme “Halloween”. Eram sons muito avançados para a época. Nosso funk teria que ser uma mistura de tudo isso e ir além.

E foi. Bambaataa e Baker contrataram o tecladista John Robie para que ele reproduzisse a melodia de “Trans-Europe express” — o que, mais tarde, geraria um processo por violação de direitos autorais, resolvido amigavelmente entre as partes. A bateria eletrônica, uma novidade para a época, foi alugada de um músico de estúdio, e nela foi programada a marcante batida de “Planet rock”, com partes de “Numbers”, também do Kraftwerk.

— Os timbres daquela batida são incríveis. Ainda hoje é difícil não se arrepiar ouvindo “Planet rock” — garante o DJ Sany Pitbull, um dos mais avançados do novo funk carioca. — Foi uma música que mudou tudo. Ninguém usava bateria eletrônica nas pistas. Os balanços eram todos criados por bandas de verdade. Aí de repente vem aquele pancadão futurista. Todo mundo pirou.

Inicialmente, “Planet rock” não entrou nas paradas de sucesso da “Billboard “ — embora mais tarde fosse classificada como uma das maiores canções de todos os tempos pela revista “Rolling Stone”. Mas Bambaataa lembra o impacto que ela causou quando ele tocou o vinil pela primeria vez num baile no Bronx.

— Foi uma histeria. Lembro que tive que fazer três rewinds (a técnica de voltar um disco até o começo com as mãos) porque as pessoas não paravam de gritar. Nas caixas de som, “Planet rock” soava ainda mais forte. Depois dela, sabíamos que não havia mais como voltar atrás. O futuro estava traçado. E ele era eletrônico e funky.

Lançada no Brasil em 1985, numa coletânea da Tommy Boy (o vinil duplo “Greatest hits”), “Planet rock” transformou também o universo dos bailes de subúrbio do Rio, como lembra o DJ Marlboro.

— “Planet rock” é o marco zero do funk e da música eletrônica — afirma ele. — Eu já tocava Kraftwerk nos bailes, mas não tinha o mesmo peso de “Planet rock”. Essa coisa de unir a batida de um grupo alemão com a levada do funk de James Brown foi uma sacada de gênio. As pessoas piravam na pista e vinham me perguntar como faziam para dançar aquilo. Quando levei o Bambaataa a um baile no Complexo do Alemão, muitos anos depois, ele quase chorou vendo a massa dançar. Eu disse a ele: “Isso aí foi você que criou.”

domingo, 28 de abril de 2013

TERENCE TRENT D´ARBY OU SANANDA MAITREYA?


Este rapaz de cabelo trançado esteve na europa, em inícios dos anos 80, ao serviço do exército americano. Na Alemanha, juntou-se a uma banda funk chamada Touch e assim entrou no mundo musical. Em 1984, já livre do serviço militar, lançou com os Touch o álbum Love On Time, que deve ser uma raridade nesta altura (mas daquelas que ninguém quer saber). Dois anos depois, mudou-se para Londres onde fez parte dos The Bojangels, um grupo soul/funk. No mesmo ano assinou contrato musical com a CBS e o New Musical Express encheu-lhe o ego ao colocá-lo na primeira página com o título O Novo Príncipe da Pop.

Nova-iorquino de gema, TTD'Arby entrou no mundo da música para arrasar. Dizia ele que o seu primeiro disco seria a melhor coisa à face da terra, musicalmente falando, depois de Sgt. Pepper's, dos Beatles. De facto, talento não lhe faltava... e arrogância também não. O primeiro single If You Let Me Stay entrou para o top 10 britânico e o tão auto-elogiado álbum, Introducing the Hardline According to Terence Trent D'Arby (1987), não lhe ficou atrás em termos de sucesso. Façamos-lhe justiça: este primeiro longa-duração de TTD'Arby é um dos maiores discos da década. Nele podemos encontrar grandes canções como If You All Get To Heaven, If You Let Me Stay, Wishing Well, Dance Little Sister e a enormíssima balada Sign Your Name.

Lembro-me que houve quem começasse a falar na altura de TTD'Arby como o novo Prince, mas eu sempre desconfiei deste tipo de "associações". A verdade é que Terence iniciou no final da década uma curva descendente tão acentuada que rapidamente deixámos de ouvir falar dele nas tabelas de vendas.

A 12 de Junho de 1999 actuou com os INXS na abertura do Estádio Olímpico de Sydney (Austrália). No mesmo ano fez um incursão pela televisão ao fazer parte do elenco da série Shake, Rattle & Roll. na qual desempenhou o papel de Jackie Wilson. 


E agora, duas notícias que vão deixar-vos boquiabertos:

1- Terence Trent D'Arby faz hoje 42 anos. Se por acaso está a ler isto e vive em Milão (Itália), apareça na festa de aniversário do senhor e dê-lhe os parabéns. Diga que vai da parte do Tarzan Boy.

2- Terence Trent D'Arby já não é Terence Trent D'Arby. Em 2001, mudou o nome para o muito mais estético e funcional Sananda Maitreya. Criou a sua própria companhia discográfica, a Sananda Records, o que lhe assegura a edição dos trabalhos discográficos.

A sua biografia, no site oficial, começa assim: "Sananda Maitreya é um artista que sabe quem é e que está empenhado em sê-lo." Er... OK, buddy! (alguém percebeu?) Mais adiante confessa que o seu sangue é índio, português, espanhol, irlandês e africano. Uma autêntica misturadora.

E agora, para terminar, a revelação de que todos estavam à espera:

- Quando a sua mãe se casou com o Reverendo J.B. Darby, o jovem Terence Trent Howard mudou o último nome. Mais tarde acrescentou-lhe o apóstrofo, facto que iria ser determinante no seu sucesso. Deve ter sido por influência da Lena D'Água.